06/04/2014


Resolvi falar de lolita depois de ver a matéria do repórter Roberto Kovalick, que entrevistou Misato Aoki (a da foto, em primeiro plano), a "Embaixadora Kawaii" do Japão.

Lolita no Ocidente

Originalmente, "Lolita" é um livro escrito por Vladimir Nabokov em 1955 e adaptado aos cinemas por Stanley Kubrick (1962) e Adryan Lyne (1997). Narra o romance doentio do padastro Humbert com a pequena Dolores ou "Lolita" (apelido que ganhou no diário de Humbert), uma garotinha de 12 anos. Os detalhes da narrativa tornaram-na um dos romances mais controversos da literatura do século XX, alguns classificam a obra como um conto erótico, outros, como algo tão complexo quanto a Alice de Lewis. O termo Lolita perdurou no imaginário popular como a designição de uma menina sexualmente precoce.

Lolita no Japão

Usualmente descrita como uma moda "kawaii", quer se opor a qualquer traço sexualizado e construir uma imagem de pureza e elegância. Dai a insistência das lolitas em afirmar que não há qualquer relação com a obra de Nabokov.

A moda iniciou-se por volta da década de setenta, mas sem uma origem clara e a popularização é atribuída aos artistas que adotam visual Kei, todavia saliento que as referências que usei para essa afirmação não são totalmente confiáveis, pois são fontes secundárias.

As inspirações dos trajes e acessórios possuem uma tonalidade saudosista: aristocráticos (especialmente vitorianos),  corsários ou mesmo os que muito se assemelham ao kosode.

Alguns reforçam que não há uma "cultura" lolita, seria apenas caracterizada pela forma de se vestir. Mas outros discordam, afirmam que há controvérsias. Moda não faz parte da cultura? Além disso, abserva-se alguns padrões comportamentais, como encontros de chá e seguir manuais de etiqueta. Para maiores detalhes, deixo o link de uma lolita que partilha seu ponto-de-vista e transcrevo a sua idéia de comportamento lolita: "é como qualquer outro comportamento, mas com babados".

Clique aqui e veja a reportagem do Roberto Kovalick.